segunda-feira, 2 de julho de 2012

Isto inspire me


Estive a ver trabalhos da artista PORTUGUESA, Joana Vasconcelos, e fiquei dos pés à cabeça inspirada. Fui invadida com um frenesim na cabeça, a magicar experiências que poderia realizar com materiais fora do normal, porque a meu ver, a Arte contemporânea está a envergar por esse caminho: buscar a essência dos materiais. Porque o que vale na Arte não é o que se representa, mas sim como se representa. É aí que está o génio das Artes plásticas!

 "O 'Lelicoptère' é como se fosse, no fundo, a carruagem contemporanea de uma princesa dos nossos dias que vivesse em Versailles. É um isomorfismo, a máquina tranforma-se em animal e, por outro lado, é uma máquina do tempo. É uma peça que pertence tanto ao passado como ao presente, tem uma linguagem do passado -a folha de ouro, o interior feito de materiais de luxo- e o presente, que é o próprio elicopetro", descreve Joana Vasconcelos.





E agora, partilho convosco um excerto da entrevista que esta artista deu à Lux Woman:

"Opta  também, quase sempre, por materiais inusitados, como tachos de inox, tampões, talheres de plástico...
-Para mim, qualquer coisa é potencial material de trabalho. Já não é aquela coisa clássica de o material de trabalho de um escultor ser a pedra, a madeira...No fundo, olho para o meu quotidiano e tudo pode ser um bom material de trabalho, desde que corresponda à mensagem que eu estou a querer transmitir. Portanto, se a minha mensagem passa por utilizar tachos, são os tachos o material escolhido, como aconteceu com os sapatos Marilyn.
[...]
Há uma forte tendência para os grandes talentos nacionais saírem do País porque se queixam de falta de oportunidades. Já alguma vez lhe apeteceu também emigrar? 
Poder trabalhar em Portugal é um enorme privilégio. Tenho aqui condições de trabalho óptimas, a possibilidade de trabalhar com artesãos de qualidade, nomeadamente os da minha equipa. É também aqui que tenho a minha família e amigos.
[...]
Somos um povo ainda com muito para dar? [referente à actual crise]
Tenho a certeza que sim. Mas temos de começar a olhar melhor para nós próprios e a fazer render as coisas boas que temos. Sobretudo, evitar perdê-las. Neste momento, se perdermos as coisas boas, é difícil voltarmos a recuperá-las. Há que manter as pessoas no País e convencê-las a continuar a acreditar. Temos de fazer uma retenção dos nossos talentos e criar condições para que eles fiquem." [eu acredito que todos nós temos um talento escondido]


A arte não pede que sejamos exigentes com o que vemos, mas sim que encontremos encanto em cada pormenor daquilo que vemos. 



1 comentário:

  1. Ohh, que querida! E realmente que coincidência :)
    Obrigada e muito bem vinda ao blogue *

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