segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Bom dia, alegria!

Acordei à bocado e estava a fazer chili para o mano (que ele adora, e eu também). Entretanto comecei a falar sozinha (eu falo muitas vezes sozinha, não sou maluca, atenção! simplesmente às vezes não digo realmente o que penso aos outros porque "não convém para não arranjar chatice" e depois acabo a falar com eles, sozinha. É um escape, digamos.). Desta vez falei com o B. a propósito da conversa que tivemos ontem (o B. não é ele, é um amigo)

Relações.

Eu acho que tudo funciona com o equilíbrio entre o corresponder às necessidades um do outro e o amor que se sente pela outra pessoa. Se uma destas coisas falha, pumba! Eu preciso de alguém que me dê segurança e mimo. O B.  precisa de alguém que lhe dê espaço para fazer o que quiser, mas que esteja lá quando ele precisar. Temos perspectivas muito diferentes do que é uma relação, como podem ver.

Foi o ponto de partida. Falámos de confiança e de liberdade numa relação. Para mim confiança é poder falar de tudo com ele e saber que me vai apoiar com a máxima descrição se a situação assim o exigir; é ele poder estar com os seus amigos à vontade e eu com as minhas, respeitando o espaço um do outro; é saber que ele pode estar longe mas continua a amar-me; é saber que se um dia isso já não for assim, ele vai ser sincero comigo. A minha confiança com ele passa por acreditarmos na sinceridade um do outro.

Para mim, a confiança não passa por deixar que ele fale com todas as gajas que lhe apetecer (gajas com quem não partilhe uma amizade, atenção!), porque a minha personalidade não permite que assim seja, pura e simplesmente. Sou insegura, muito insegura. Se o vir a fazê-lo, isso vai-me destruir completamente. É tudo uma questão do que a nossa personalidade exige. Para uma pessoa extremamente confiante, possivelmente este cenário passar-lhe-ia completamente ao lado.

Isto fez-me pensar. Por algum motivo eu estou com ele e não com outro qualquer. Porque é ele que me dá o que eu preciso, porque são os defeitos dele que eu aceito e a que me adapto e não de outra pessoa qualquer. Todos precisamos de coisas diferentes, logo todos temos relações diferentes.     Isto é como um puzzle: nem um nem outro é uma peça quadrada. O bocadinho que me falta, ele completa; o bocadinho que lhe falta, eu completo.

As relações são todas diferentes. Todos nós somos diferentes uns dos outros, logo as relações são todas diferentes. (não, não me convenceste de nada, B. porque temos perspectivas completamente diferentes e eu continuo sem perceber qual é, verdadeiramente, a tua)






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