sábado, 5 de maio de 2012

Algures entre os livros, espreita-me com um olhar cada vez mais ténue, um álbum de fotografias, enrolado com um laço azul de organsa. Tem uma capa irregular, manchada com tinta azul e vermelha com umas flores desenhadas a pastel de óleo. Quem o pintou sabe, tal e qual, como eu sou.
Dentro, trazia umas quantas fotografias, daquelas que sabe bem olhar , e olhar, e olhar, sem nunca nos cansarmos. Eram fotografias espontâneas, em que umas vezes somos captadas a falar, ou a chorar de tanto rir, ou então a fazer macacadas daquelas que mais vale não mostrar a ninguém. Ao longo do tempo, fui tentando compor o álbum.
Hoje, reabri-o. Há muito tempo que não o fazia. À medida que as páginas passam, a nostalgia aumenta, como que em relação de proporcionalidade inversa. Bons velhos tempos...
É esquisito pensar na vida sem incluir os amigos. É esquisito pensar na vida sem aqueles amigos.
Creio que estas questões se coloquem devido às consequências do "crescer". Levamos na bagagem o que vale a pena, e deixa-se para trás o que já não interessa, não é assim?!

"Que estas imagens sejam o começo de uma história eterna"
Há coisas pelas quais nunca devemos deixar de lutar. Este album já está na bagagem. "things change and life doesn't stop for anybody, but real friends stay [assim o espero]"

Porque guardarei sempre as tuas palavras ,
"para sempre não é demasiado tempo"

                                                     

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