segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fogo, ar, vento, teclas

-Fogo, ar, vento, teclas
-Teclas? preto, zip, unhas!
-Unhas?! chantilly,tosse, mar, nevoeiro, my zen, sumo natural de melancia
[ eu E /R : "estou em confronto comigo"]


Quanto mais sã me sinto, mais vazios são os meus trabalhos. É estranho olhar para as minhas mãos e senti-las tão leves, sem aquele frenesim de "tenho que me libertar disto: DESENHO!". Não me identifico com o que faço agora, tudo me parece um rabisco feito à presa, sem alma, sem aquele toque autentico com que vejo os meus desenhos antigos, por mais banais e simples que sejam. Ás minhas mãos, agora, só lhe pesa o leve deste desassossego.
Abri novamente o diário gráfico e deparei-me mais uma vez com aquelas folhas formatadas, com aquela procura ignorante pelo pleno [ o pleno, minha cara, encontra-se escondido aí algures no que de mais espontâneo tens].
Desenho com o meu estado de espírito, todos, aliás, o fazemos. O caminho passa por encontrar um equilíbrio entre a mente e o corpo...

1 comentário:

  1. Disse-me um amigo meu que a vida não era constante... Temos altos e baixos, em tudo! Mesmo naquilo que dominamos há dias em que nada sai e pouco entra. Não tenhas problemas em sentir vazio nas folhas cheias de cor. Isso também me acontece, não tanto no desenho, mais talvez nas palavras. Como sabes tu és única, eu sou único e ele é único, o que tu sentes quando terminas um desenho pode não ser o mesmo que eu sinto quando o vejo... Geralmente os que mais me transmitem são aqueles que ou outros mais depressa desfolheam... Encara o desenho ou qualquer outra coisa que faças como que uma prova de salto em altura em que não tens o patamar minimo, saltas o mais que conseguires, e no fim tens um colchão que te adormece e dá vontade de saltar de novo!

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